Terremoto no Japão tem mais de 1.000 mortos e 780 desaparecidos!
03:12
Saieso Seraos
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Infelizmente as notícias nem sempre são um mar de rosas doces!
Um tanto atrasado com os noticiários, mas estamos aqui notificando os últimos acontecimentos da grande catástrofe no país do Mangá e Anime!
Torcendo para que os nossos queridos artistas estejam bem, sem nenhum dano físico e mental!
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O sábado ainda deve revelar toda a extensão dos danos causados pelo tremor seguido de tsunami de ao menos sete metros de altura que varreu vilarejos e cidades. O governo japonês iniciou uma operação de resgate com milhares de militares mobilizados nas operações. As buscas também contam com 50 mil militares, 300 aviões e 40 navios.
Na manhã deste sábado, os japoneses que estavam em Tóquio no momento do terremoto tentam voltar para casa. Grande parte dos trabalhadores teve de passar a noite nas empresas, escolas e outros abrigos públicos por causa do tremor de 8,9 graus.
Na manhã deste sábado, os japoneses que estavam em Tóquio no momento do terremoto tentam voltar para casa. Grande parte dos trabalhadores teve de passar a noite nas empresas, escolas e outros abrigos públicos por causa do tremor de 8,9 graus.
Destruição
A imprensa japonesa teme um grande número de mortos na ilha de Honshu, na costa nordeste do país, onde ondas gigantescas destruíram mais de 3.000 casas.
Um barco arrastado pelo tsunami e que era foco de grande preocupação foi encontrado e seus 81 passageiros, resgatados com vida por helicópteros militares, informou a agência Jiji Press.
O ministro da defesa informou que em torno de 1.800 casas em Minamisoma, na prefeitura de Fukushima, estão destruídas, enquanto as autoridades do Sendai revelaram que 1.200 casas foram atingidas pelo tsunami.
Na pequena cidade de Ofunato, mais ao norte, 300 casas foram destruídas ou arrastadas. Mais de 80 incêndios atingiam os arredores de Tóquio e as prefeituras de Iwate, Miyagi, Akita e Fukushima, informou a Kyodo, com base em informações do Departamento de Bombeiros.
Ajuda
O Pentágono informou na sexta-feira que está preparado para fornecer ajuda de emergência às vítimas do terremoto no Japão e iniciou o deslocamento de alguns de seus navios para a região. "Estamos avaliando a situação e posicionando as tropas para que estejam preparadas e proporcionar a ajuda necessária", indicou o comandante da Armada Leslie Hull-Ryde em comunicado.
O Japão solicitou ajuda dos Estados Unidos através do Departamento de Estado e o Pentágono está esperando que este dê a ordem para proceder. O anúncio foi feito depois de o Japão ter enviado 8 mil militares para a região nordeste do país, a mais destruída pelo tremor.
A ajuda militar americana inclui dois navios, o USS Essex e o USS Boxer, equipados com helicópteros e aviões, juntamente com vários navios de apoio. Na base aérea que os Estados Unidos têm na localidade japonesa de Yakota, militares da Aeronáutica e voluntários estão ajudando os viajantes de 11 voos comerciais que foram deslocados a suas pistas após o terremoto.
Um navio americano também navega em direção às ilhas Marianas. O ministro japonês da Defesa, Toshimi Kitazawa, disse que cerca de 50 mil militares dos EUA no Japão estão prontos para trabalhar nos esforços de resgate.
Até agora não há registro de vítimas americanas na tragédia. O governo dos EUA emitiu um alerta no qual recomenda que seus cidadãos não viagem ao Japão, a menos que seja essencial. Em pronunciamento na Casa Branca, Obama disse que o terremoto no Japão pode ter sido "catastrófico". "Nosso corações estão com nosso amigos japoneses e em toda a região, e vamos estar ao lado deles enquanto se recuperam dessa tragédia", afirmou o presidente.
Antes do pronunciamento, Obama telefonou ao primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, para oferecer suas condolências pelas centenas de vítimas do tremor seguido de tsunami. "Nossa amizade e aliança são inabaláveis e fortalecem nossa resolução de ajudar os japoneses a superar esta tragédia", disse o líder americano, segundo seu porta-voz.
Brasil
O governo brasileiro também manifestou solidariedade às vítimas da tragédia no Japão. Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores expressa suas "mais sinceras condolências pelas perdas humanas" causadas pelo tremor e pelo tsunami.
O comunicado acrescenta que "a Embaixada do Brasil no Japão e os consulados gerais em Tóquio, Nagoya e Hamamatsu não têm até agora informação sobre mortos ou feridos brasileiros".
Segundo o Itamaraty, a maior parte dos 254 mil brasileiros que vivem no Japão está no sul do país, região menos afetada. Para auxiliar os cidadãos que precisem de ajuda, a Embaixada do Brasil em Tóquio está trabalhando em regime de plantão 24 horas e solicita que pedidos de informação sejam dirigidos ao endereço eletrônico comunidade@brasemb.or.jp
O Núcleo de Atendimento a Brasileiros (NAB), que está em contato com a rede consular no Japão, colocou linhas de atendimento à disposição do público: (61) 3411-6752 / 6753 / 8804 (8h às 20h) e (61) 3411-6456 (20h às 8h e finais de semana). Consultas poderão ainda ser dirigidas ao endereço eletrônico dac@itamaraty.gov.br.
Usinas
O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, informou neste sábado o vazamento de "quantidades mínimas de radiação" de uma usina nuclear de Fukushima após o terremoto que sacudiu na sexta-feira a costa leste do Japão, informou a agência local Kyodo. Kan viajou neste sábado para Fukushima a fim de inspecionar a área atingida.
Nas centrais nucleares de Fukushima 1 e 2, a cerca de 250 quilômetros de Tóquio, as autoridades liberaram vapor radioativo para reduzir a pressão excessiva em ao menos dois reatores. A radioatividade registrada na sala de controle de um reator da central de Fukushima 1 atingiu um nível mil vezes superior ao normal, após problemas de refrigeração provocados pelo terremoto.
Antes da liberação do vapor radioativo, as autoridades decretaram uma zona de isolamento de 10 km em torno de Fukushima 1, envolvendo mais de 45 mil pessoas que vivem na região.
Na central nuclear de Fukushima 2, na mesma zona, o procedimento para liberar vapor radioativo foi adotado em ao menos um de três reatores que perderam parte de sua capacidade de resfriamento. Fukushima 2 também era centro de uma área de isolamento, de 3 km de raio, decretada pelas autoridades para afastar a população.As duas centrais nucleares estão separadas por 12 km.
O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, que pediu à população que observe com rigor a área de isolamento em torno das usinas, e admitiu o risco de vazamento nuclear.
A Agência de Segurança Industrial e Nuclear reconheceu o risco de vazamento radioativo em Fukushima, mas garantiu que isto não ameaça a população.
De acordo com o Instituto de Geofísica dos Estados Unidos (USGS), trata-se do sétimo maior terremoto desde que os abalos começaram a ser listados e o quinto maior desde 1900. O tremor ocorreu às 14h46 do horário local (2h46 de Brasília) e teve epicentro no Oceano Pacífico, a 160 quilômetros da costa. Na quarta-feira, um tremor de 7,3 foi registrado na mesma área. O tremor foi 8 mil vezes mais forte do que o abalo que atingiu Christchurch, na Nova Zelândia, no mês passado, disseram cientistas.
Além de a costa nordeste ter sofrido vários abalos secundários após o tremor, um forte terremoto aconteceu no centro do país neste sábado (na tarde de sexta-feira em Brasília). O tsunami causado pelo tremor de 8,9 correu através do Oceano Pacífico a uma velocidade de 800 km/h - tão rápido quanto um jato -, antes de chegar ao Filipinas, Indonésia e Havaí e à Costa Oeste dos EUA, mas sem registro de grandes danos.
No período da noite, as ondas começaram a chegar à América Latina, no México, e devem descer progressivamente até Puerto Williams, no extremo sul do Chile, onde os efeitos são esperados por volta das 3h.
Depoimentos
O químico japonês Osamu Tsujimoto, de 56 anos, passou por momentos de tensão durante o terremoto. Ele estava na cidade de Kobe quando o edifício da multinacional em que trabalha, a Huntsman, começou a tremer. "O prédio balançava muito, parecia um navio em alto-mar", afirmou ao iG.
No momento do tremor, a brasileira Kelly Taia, 27 anos, estava em sua casa na cidade de Tsu. Ela mora no Japão há sete anos. "Foi horrível! Tudo começou a balançar e eu não sabia o que fazer. Estava sozinha em casa com minha filha e fomos para debaixo da mesa.", contou ao iG.
Kelly só conseguiu fazer um breve contato com o marido, que está em Ibaraki. “A bateria do notebook dele acabou e desde então não tenho mais notícias. Quero voltar para o Brasil.”
Osamu Akiya, 46 anos, trabalhava em seu escritório em Tóquio no momento do terremoto, que provocou a queda de estantes e computadores, além de rachaduras nas paredes. "Já passei por muitos terremotos, mas nunca senti nada igual a isso", afirmou, em entrevista à agência Associated Press. "Não sei se vou conseguir voltar para casa hoje."
Até agora, o mais forte terremoto do Japão tinha acontecido em 1933. Com 8,1 graus de magnitude, o tremor atingiu a região metropolitana de Tóquio e matou mais de 3 mil pessoas. Os tremores de terra são comuns no Japão, um dos países com mais atividades sísmicas do mundo, já que está localizado no chamado Círculo de Fogo do Pacífico. O país é atingido por cerca de 20% de todos os terremotos de magnitude superior a 6 que acontecem em todo o planeta.
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